quinta-feira, 10 de maio de 2007

Sarkozy: uma vitória pré-anunciada (2)


Também era previsível a vitória em França de Nicolas Sarkozy sobre Ségolène Royal. Sarkozy promete uma verdadeira revolução, em que os franceses vão ser chamados a participar (e de que maneira). Um crescimento económico acima dos 2% ao ano, a diminuição da dívida pública para 60% e a redução de um desemprego que atinge cerca de 22% da população jovem não poderão ser tarefas fáceis para um Presidente.
Para que isso aconteça, Sarkozy propõe-se a combater a semana de 35 horas de trabalho, baixar os impostos e controlar a despesa pública, diminuindo o peso do Estado e impulsionando a modernização da administração pública. Esta tarefa deverá começar já em Junho, de forma a poder contribuir para a vitória da direita e do centro-direita nas legislativas previstas para Julho.
O Presidente em França pretende assumir um papel de motor das reformas de que, segundo ele, o país precisa, deixando de se resguardar, como era habitual, por trás do primeiro-ministro e de um Governo que cumpriam as suas instruções.
É claro que, com a vitória da direita, representada por Sarkozy estas mudanças vão ter algumas repercussões num futuro próximo: para os franceses corresponderá a um aumento substancial de impostos. Com a eleição de Sarkozy, a União Europeia (EU) ficou a saber que o Tratado Constitucional morreu e que, em vez disso, passará a ter uma versão reduzida da proposta inicial, deixando cair os referendos previstos em alguns países. Incluindo Portugal
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