quarta-feira, 7 de março de 2007

O regresso de Portas?

Paulo Portas decidiu regressar à liderança do CDS-PP. Não é novidade. Já se esperava há muito esta atitude, pelas movimentações que se faziam sentir, nomeadamente no Parlamento.
Ao avançar para a liderança do CDS-PP, independentemente do método usado para lá chegar é questionável. É previsível o resultado. Paulo Portas tem a comunicação social do seu lado. Conhece bem a máquina por dentro e por fora. Conhece bem a arte de representar, não teria sido ele, tão grande actor. Um actor de rua e de feiras às quais nos acostumou… Paulo Portas possui também um grupo de apóstolos, que o seguem desde da primeira hora. É disso que Portas gosta. Ser o centro das atenções. Ser amado e venerado.
Quanto a Ribeiro e Castro é um líder apagado, sem brilho, sem protagonismo e sem poder de comunicação. Não quer dizer que seja má pessoa, antes pelo contrário. Acho que o CDS-PP nunca teve um líder tão empenhado na unificação das suas bases. Tem-se desdobrado pelas diversas concelhias, participando activamente em programas de políticas económicas-sociais, de educação etc… Só que isso não chega… Ribeiro e Castro não é deputado, logo à partida, tem dificuldades em fazer oposição.
Portas já disso não se pode queixar. Mas, tem-se preocupado em fazer oposição interna. Não foi para isso que o leitorado do CDS o escolheu.
O Governo do Eng. Sócrates precisa de oposição. E aí os partidos da direita tem falhado. É claro que se o PSD pudesse votar, votaria Ribeiro e Castro. Portas irá dar algumas dores de cabeça a Marques Mendes.
Caberá ao eleitorado do CDS-PP decidir se quer um partido a subir 7 a 8 % com Portas ou se pretende manter-se na fasquia dos 4, 5% com Ribeiro e Castro…

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